Quem de nós nunca ouviu de uma pessoa que nos conhece, ou pelo menos, que nos viu com a Bíblia na mão pedir: “Por favor, ore por mim!” ou por algum assunto específico?
No tempo em que o Senhor Jesus pregava, havia um oficial romano de bom caráter e que tratava bem seus empregados. Um dia, um destes empregados ficou muito doente. Por considerava-se indigno de estar na presença do Senhor Jesus, o oficial romano envia amigos judeus para falar com Ele e pedir-Lhe a cura para seu empregado quase morto.
O oficial romano envia a seguinte mensagem: “Senhor, não te incomodes, pois não mereço receber-te debaixo do meu teto. Por isso, nem me considerei digno de ir ao teu encontro. Mas, dize uma palavra, e o meu servo será curado” (Lc 7.6b,7). Admirado, o Senhor Jesus disse: “Eu lhes digo que nem em Israel encontrei tamanha fé” (v.9).
Este oficial romano era estrangeiro e pertencia ao Império conquistador, mas que, provavelmente simpatizava-se com a religião judaica (v.4,5), e era “amigo do povo”. Lucas faz questão de registrar nas entrelinhas que este homem reconhecia-se como pecador, pois achava-se indigno de dirigir-Lhe a palavra pessoalmente (v.6,7); era humilde, pois entendia que o Senhor era seu superior (v.3,7); era um homem de fé, porque sabia que uma só palavra do Senhor seria suficiente para curar seu empregado (v.7).
Quando uma pessoa pede que oremos por algum assunto, qual tem sido nossa reação?
Assim como aqueles que intercederam pelo oficial romano insistindo muito, temos nós insistido em nossas intercessões? Quantas vezes oramos por elas? Cumprimos com nossa palavra e oramos pelo assunto que ela pediu? Ou, pelo menos, acreditamos que nossa oração será atendida?
O fato de às vezes não nos lembrarmos destes pedidos é que estamos falhando no modo como nos relacionamos com o Senhor Jesus. Não nos lembramos que somos salvos por causa da morte de Cristo em nosso lugar; esquecemos de que devemos obedecer e nos submeter a vontade d’Ele e nos apresentar com humildade; que talvez a nossa fé esteja menor do que a fé daquele que pediu que orássemos por ele.
Embora sendo nós também indignos de nos apresentar ao Senhor, sabemos que temos o Espírito de Cristo, o qual, nos justifica para estarmos onde estamos, para sermos o que somos, para recebermos o reconhecimento destes aflitos como pessoas capazes de pedir por eles. Logo, este mesmo Espírito nos convence que somos sim, pessoas aptas a interceder por outras pessoas que nos pedem: “ore por mim!”.
Rev. Joel Valasco
Um comentário:
É verdade. Gastamos muito tempo orando por nós mesmos, mas nos esquecemos da responsabilidade que tempos para com o próximo. Há muitos que sofrem muito mais do que nós, mas quando estamos diante de Deus, parece que nos tornamos os seres mais egoístas do mundo. Procurarei atentar para essa exortação.
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